terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Chico Buarque Tributo

Chico é filho de Sérgio Buarque de Holanda (19021982), um importante historiador e jornalista brasileiro e de Maria Amélia Cesário Alvim (1910–2010), pintora e pianista.Em 1946, passou a morar em São Paulo, onde o pai assumira a direção do Museu do Ipiranga. Sempre revelou interesses pela música — interesse que foi bastante reforçado pela convivência com intelectuais como Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini.Em 1953, Sérgio Buarque de Holanda foi convidado para lecionar na Universidade de Roma, consequentemente, a família muda-se para a Itália. Chico torna-se trilíngue, na escola fala inglês, e nas ruas, italiano. Nessa época, suas primeiras "marchinhas de carnaval" são compostas, e, com as irmãs mais novas, Piiizinha, Cristina e Ana, encenadas.De volta ao Brasil, produz suas primeiras crônicas no jornal Verbômidas, do Colégio Santa Cruz de São Paulo, nome criado por ele. Sua primeira aparição na imprensa não foi cultural, mas policial, publicada, no jornal Última Hora, de São Paulo. Com um amigo, furtou um carro para passear pela madrugada paulista, algo relativamente comum na época.Foi preso. "Pivetes furtaram um carro: presos" foi a manchete no dia seguinte com uma a foto de dois menores com tarjas pretas nos olhos. Chico não pôde mais sair sozinho à noite até que completasse 18 anos.
Chico Buarque chegou a ingressar no curso de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU) em 1963. Cursou dois anos e parou em 1965, quando começou a se dedicar à carreira artística. Neste ano, lançou Sonho de Carnaval, inscrita no I Festival Nacional de Música Popular Brasileira, transmitida pela TV Excelsior, além de Pedro Pedreiro, música fundamental para experimentação do modo como viria a trabalhar os versos, com rigoroso trabalho estilístico morfológico e politização, mais significativamente na década de 1970. A primeira composição séria, Canção dos Olhos, é de 1961.Conheceu Elis Regina, que havia vencido o Festival de Música Popular Brasileira (1965) com a canção Arrastão, mas a cantora acabou desistindo de gravá-lo devido à impaciência com a timidez do compositor. Chico Buarque revelou-se ao público brasileiro quando ganhou o mesmo Festival, no ano seguinte (1966), transmitido pela TV Record, com A Banda, interpretada por Nara Leão (empatou em primeiro lugar com Disparada, de Geraldo Vandré e interpretado por Jair Rodrigues). No entanto, Zuza Homem de Mello, no livro A Era dos Festivais: Uma Parábola, revelou que "A Banda" venceu o festival. O musicólogo preservou por décadas as folhas de votação do festival. Nelas, consta que a música "A Banda" ganhou a competição por 7 a 5.
Chico, ao perceber que ganharia, foi até o presidente da comissão e disse não aceitar a derrota de Disparada. Caso isso acontecesse, iria na mesma hora entregar o prêmio ao concorrente.No dia 10 de outubro de 1966, data da final, iniciou o processo que designaria Chico Buarque como unanimidade nacional, alcunha criada por Millôr Fernandes.Canções como Ela e sua Janela, de 1966, começam a demonstrar a face lírica do compositor. Com a observação da sociedade, como nas diversas vezes em que citação do vocábulo janela está presente em suas primeiras canções: Juca, Januária, Carolina, A Banda e Madalena foi pro Mar. As influências de Noel Rosa podem ser notadas em A Rita, 1965, citado na letra, e Ismael Silva, como em marchas-ranchos.No festival de 1967 faria sucesso também com Roda Viva, interpretada por ele e pelo grupo MPB-4 — amigos e intérpretes de muitas de suas canções. Em 1968 voltou a vencer outro Festival, o III Festival Internacional da Canção da TV Globo. Como compositor, em parceira com Tom Jobim, com a canção Sabiá. Mas desta vez a vitória foi contestada pelo público, que preferiu a canção que ficou em segundo lugar: Pra não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré.A participação no Festival, com A Banda, marcou a primeira aparição pública de grande repercussão apresentando um estilo amparado no movimento musical urbano carioca da Bossa nova, surgido em 1957. Ao longo da carreira, o samba e a MPB também seriam estilos amplamente explorados.Ameaçado pelo Regime Militar no Brasil, esteve auto-exilado na Itália em 1969, onde chegou a fazer espetáculos com Toquinho. Nessa época teve suas canções Apesar de você (que dizem ser uma alusão negativa ao presidente Emílio Garrastazu Médici, mas que Chico sustenta ser em referência à situação) e Cálice proibidas pela censura brasileira. 

Adotou o pseudônimo de Julinho da Adelaide, com o qual compôs apenas três canções: Milagre Brasileiro, Acorda amor e Jorge Maravilha. Na Itália Chico tornou-se amigo do cantor Lucio Dalla, de quem fez a belíssima Minha História, versão em português (1970) da canção Gesù Bambino (título verdadeiro 4 marzo 1943), de Lucio Dallae Paola Palotino. Em viagem a França, tornou-se amigo de Carlos Bandeirense Mirandópolis inspirando-se em uma de suas composições para criar Samba de Orly.Ao voltar ao Brasil continuou com composições que denunciavam aspectos sociais, econômicos e culturais, como a célebre Construção ou a divertida Partido Alto. Apresentou-se com Caetano Veloso (que também foi exilado, mas na Inglaterra) e Maria Bethânia. Teve outra de suas músicas associada a críticas a um presidente do Brasil. Julinho da Adelaide, aliás, não era só um pseudônimo, mas sim a forma que o compositor encontrou para driblar a censura, então implacável ao perceber seu nome nos créditos de uma música. Para completar a farsa e dar-lhe ares de veracidade, Julinho da Adelaide chegou a ter cédula de identidade e até mesmo a conceder entrevista a um jornal da época.Uma das canções de Chico Buarque que criticam a ditadura é uma carta em forma de música, uma carta musicada que ele fez em homenagem ao Augusto Boal, que vivia no exílio, quando o Brasil ainda vivia sob a ditadura militar.A canção se chama Meu Caro Amigo e foi dirigida a Boal, que na época estava exilado em Lisboa. A canção foi lançada originalmente num disco de título quase igual, chamado Meus Caros Amigos, do ano de 1976.Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit estadunidense que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985) abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto de criação coletiva com as canções Chega de mágoa e Seca d'água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro. O pai de Francisco Buarque de Hollanda, Sérgio Buarque de Hollanda, é primo em primeiro grau da mãe de Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira, Maria Buarque Cavalcanti Accioly Lins, sendo ambos netos de Manuel Buarque de Gusmão Lima. A avó materna de Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira, Luísa Buarque de Hollanda Cavalcanti, é irmã do avô paterno de Francisco Buarque de Hollanda, Cristóvão Buarque de Hollanda.
 Uma genealogia parcial Composições que se notabilizaram pela decantação de um "eu lírico" feminino, retratando temas a partir do ponto de vista das mulheres com notória poesia e beleza: esse estilo é adaptado em Com açúcar e com afeto escrito para Nara Leão; continuou nessa linha com belas canções como Olhos nos Olhos e Teresinha, gravadas por Maria Bethânia, Atrás da Porta, interpretada por Elis Regina, e Folhetim, comGal Costa, Iolanda (versão adaptada de letra original de Pablo Milanés), num dueto com Simone, Anos Dourados – um clássico feito em parceria com Tom Jobim para a minissérie de mesmo nome e "O Meu Amor" para a peça "Ópera do Malandro" interpretada por Marieta Severo e Elba Ramalho sendo que, para essa última, fez também "Palavra de Mulher". O cantor nunca se negou a oferecer composições originais a seus amigos cantores. Muitas dessas passaram a ter versões definitivas em outras vozes. Além das citadas canções do "eu" feminino de Chico, temos o exemplo da performance de Elis Regina na canção Atrás da Porta e Cio da Terra, com gravações de Milton Nascimento e da dupla rural Pena Branca & Xavantinho. Há também interpretações deOswaldo Montenegro, que, em 1993, lançou o disco Seu Francisco, produzido por Hermínio Bello de Carvalho, e Ney Matogrosso que, em 1996, lançou Um Brasileiro.Deve-se mencionar ainda seu êxito em outras composições que fez para cantores populares que não estavam em destaque, como nos casos de Ângela Maria, que gravou Gente Humilde, e Cauby Peixoto com Bastidores. Dentre os artistas que regravaram músicas suas em estilo popular podem ser citados ainda Rolando Boldrin, que relançou Minha História, e a banda Engenheiros do Hawaii que, no ano 2000, gravou Quando o Carnaval Chegar, no álbum 10.000 Destinos.Em 1965, a pedido de Roberto Freire (o escritor e terapeuta, não confundir com o político), diretor do Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA), na PUC-SP, Chico musicou o poema Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto, para a montagem da peça. Desde então, sua presença no teatro brasileiro tem sido constante Em 34 anos de carreira, Chico Buarque compôs centenas de canções, aqui apresentadas por título,data, compostas em parcerias, versões e adaptações, compostas para teatro,cinema e aquelas que só aparecem em discos de outros intérpretes. Suas músicas foram gravadas em cerca de 40 álbuns, organizados por data, projetos,discos solo, gravações ao vivo,coletâneas e discos de outros intérpretes dedicados a ele. A obra completa do artista é uma das maiores riquezas que a cultura brasileira produziu até hoje estes sao.
Download music link; http://www.mediafire.com/?x89bvx5f1tw7m


Chico Buarque de Hollanda
1966
Chico Buarque de Hollanda - Vol.2
1967
Chico Buarque de Hollanda - Vol.3
1968
Chico Buaque de Hollanda
compacto 1968
Umas e outras
compacto 1969
Chico Buarque na Itália
1969
Chico Buarque de Hollanda
compacto 1969
Apesar de você
compacto 1970
Chico Buarque de Hollanda - Vol.4
1970
Per un pugno di samba
1970
Sambas do Brasil
1970
Construção
1971
Chico Canta
1973
Sinal fechado
1974
Meus caros amigos 1976Cio da Terra
compacto 1977
Chico Buarque
1978
Vida
1980
Show 1º de Maio
compacto 1980
Almanaque
1981
Chico Buarque en Espanhol
1982
Chico Buarque
1984
Francisco
1987
Chico Buarque
1989
ParaTodos
1993
Uma palavra
1995
As cidades
1998
Carioca
2006
Chico2011

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